Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia dos Namorados… não é difícil a gente associar as datas comemorativas a ações comerciais. Mas há pelo menos uma que não tem nada a ver com vendas… embora os buquês de flores façam sucesso neste dia. Estamos falando do Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março em mais de 100 países.
O dia marca a luta das mulheres por melhores condições de vida e trabalho. No início do século 20, na Europa e nos Estados Unidos, as jornadas femininas, em fábricas, chegavam a 16 horas por dia, seis dias da semana, e não raro avançavam pelos domingos. E o salários eram bem menores do que os dos homens que exerciam as mesmas funções (como muitas vezes ainda acontece hoje).
As condições insalubres, a desigualdade e uma insatisfação generalizada levaram as mulheres, em diferentes partes do mundo, a realizar protestos. Em 26 de fevereiro de 1909, cerca de 15 mil mulheres marcharam pelas ruas de Nova York exigindo melhores condições de trabalho, no que ficou conhecido como o Primeiro Dia das Mulheres americano.
As reivindicações não surtiram muito efeito, como pôde se ver dois anos depois, quando em 25 de março de 1911, na mesma cidade, ocorreu um grande incêndio na Triangle Shirtwaist Company, matando 125 mulheres e 21 homens. O caso trouxe à tona as más condições enfrentadas pelas trabalhadoras na Revolução Industrial.
Muita gente associa o incêndio às origens do Dia Internacional da Mulher, mas, na verdade, a data homenageia um outro fato histórico, ocorrido na Rússia. No dia 8 de março de 1917, um grupo de operárias saiu às ruas exigindo melhores condições de trabalho. Elas também protestavam contra a fome que assolava o país e contra a Primeira Guerra Mundial.
Após a revolução bolchevique, a data foi oficializada entre os soviéticos como celebração da “mulher heroica e trabalhadora”. E acabou ganhando o mundo em 1975, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) chancelou o mesmo dia como o Internacional da Mulher.
Sendo assim, hoje mais do que nunca: feliz Dia internacional da mulher!