Já se vão alguns anos desde que a atriz norte-americana Angelina Jolie anunciou que realizaria uma mastectomia completa devido a identificação de uma mutação no gene BRCA-1, que aumenta em grande escala as chances de desenvolver câncer de mama. Desde então, muitas mulheres ficaram mais atentas aos seus DNAs e a exames de prevenção.

Hoje em dia, 1 em cada 10 casos de câncer de mama está relacionado a mutações genéticas, que são herdades do pai ou da mãe – essa proporção é ainda mais grave no câncer de ovário, com 1 em cada 4 casos relacionados a falhas no DNA. Os seres humanos possuem cerca de 30 mil genes, responsáveis por determinar as características de cada indivíduo; quando há alguma mudança neles, temos uma mutação genética, que pode resultar em alterações nas células do organismo.

Os genes BRCA-1 e BRCA-2 foram descobertos na década de 90 e têm um papel fundamental na reparação da replicação das células; quando ocorre a mutação, essa função é danificada, aumentando as chances de ocorrência de câncer. Por isso, já existem teste específicos que analisam a base dos genes e identificam se há o processo de mutação.

Uma vez identificada a alteração, o paciente tem a chance de adotar medidas preventivas e o uso de medicamentos específicos para reduzir as possibilidades do desenvolvimento de câncer, além de informar a outras mulheres na família sobre o risco da doença. Entretanto, outras técnicas de prevenção não devem ser deixadas de lado, como a mamografia, o autoexame e a visita frequente a um médico especialista. Previna-se sempre!

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