Quem já exagerou na bebida alcoólica conhece a sensação: a cabeça roda e o mundo parece estar girando. Mas nem sempre a culpa é dos drinks a mais. O problema pode ser causado pela labirintite, como é chamada comumente a vestibulopatia.

Ela provoca, além da vertigem, desequilíbrio. A pessoa acha que está pisando no vazio, que vai cair e, acredite, até mesmo descer uma escada rolante torna-se uma tarefa impossível se não houver ajuda. Para piorar, em muitos casos há a presença de um zumbido na cabeça!

Todos esses sintomas, bem desagradáveis, acontecem quando ocorre uma alteração no labirinto, estrutura da orelha interna que conta com a cóclea (responsável pela audição) e pelo vestíbulo (que comanda o equilíbrio). Processos inflamatórios, infecções e tumores, além de fatores genéticos, podem interferir no labirinto. Hipoglicemia, diabetes, hipertensão e estresse também aumentam o risco de desenvolver a doença. A idade também conta: normalmente, a labirintite afeta quem tem mais de 40 anos.

Assim que os sinais aparecem, deve-se consultar um otorrinolaringologista para descartar enfermidades que têm sintomas semelhantes, como reumatismo, esclerose múltipla e tumores no nervo auditivo. O tratamento normalmente é feito com medicamentos. Durante as crises, que podem durar dias, a Manobra de Epley, que realoca os cristais do labirinto que foram deslocados, também é de grande ajuda.

Quem já teve uma crise de labirintite faz de tudo para evitar uma outra, já que, embora não seja grave, a enfermidade é debilitante. Levantar da cama pode ser um desafio. Ler, usar o computador ou assistir televisão são tarefas impossíveis durante as crises severas.

Entre as recomendações para prevenir novos episódios estão, além do controle de diabetes e hipertensão, mudanças no estilo de vida e alimentação. É preciso evitar o álcool. Se não for possível, as doses devem ser mínimas.

Aquele café bem forte na hora de acordar, uma xícara para fechar o almoço e outra para dar aquela acordada no meio da tarde devem ficar no passado. A cafeína ajuda a desencadear o problema e o recomendado é, no máximo, uma dose ao dia. Refrigerantes também merecem atenção pelo mesmo motivo. Muitos médicos recomendam moderar também no chocolate.

Além disso, a prática de exercícios físicos é benéfica, e não só para a labirintite, não é mesmo? Se possível, faça atividades pelo menos meia hora por dia. Com todos esses cuidados, o mundo vai continuar girando, mas não dentro da sua cabeça!

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