O aumento da obesidade e as mudanças demográficas devem ser as maiores responsáveis pelo aumento exponencial de diabéticos no mundo. É o que diz a pesquisa realizada pelo Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington (EUA). Segundo o levantamento, a doença deve atingir, até 2050, mais de 1,3 bilhão de pessoas em todo o planeta.
Esse crescimento acontecerá de forma desigual, a depender de cada região. As populações de países com menores recursos, acesso à saúde e a tratamentos adequados deverão sofrer ainda mais. A prevalência de diabetes no Oriente Médio e norte da África deve atingir 16,8% das pessoas. Na América Latina e Caribe, esse índice deve ficar em 11,3%. No restante do mundo, em 9,8%.
As análises ainda apontam que as populações marginalizadas em todo o mundo têm menos probabilidade de ter acesso a medicamentos essenciais, como a insulina. O controle de ingestão de açúcar nesse grupo é praticamente inexistente, afetando a qualidade de vida e influenciando na alta incidência de óbitos. Segundo os pesquisadores, a diabetes continua sendo uma das maiores ameaças à saúde pública do nosso tempo.
O Brasil está entre os cinco países com maior incidência de diabetes no mundo. São 16, 8 milhões de pessoas, entre 20 e 79 anos de idade, com a doença, ficando atrás apenas de China, Índia, EUA e Paquistão. A expectativa é que, até 2030, esse número chegue a 21 milhões.
Dentre os principais fatores para essa explosão de casos, destacam-se a crescente urbanização e a consequente mudança de hábitos de vida. As pessoas passaram a consumir mais calorias e alimentos processados. O sedentarismo é outro fator que ajuda a explicar o crescimento da diabetes, principalmente a do tipo 2, responsável por 90% da doença no país.
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