As festas de fim e o carnaval passaram e, nos períodos festivos, o consumo de álcool costuma aumentar. Os exageros são comuns nestas datas, mas você já parou para pensar se está passando do ponto também no dia a dia? Será que aquelas latinhas de cerveja após o expediente são inofensivas? E o almoço de domingo, regado a vinho, faz mal? Existe uma quantidade certa para não comprometer a saúde?

O ideal é não consumir bebida alcóolica, mas, como nem sempre isso é possível, a recomendação é que as mulheres não tomem mais do que uma dose por dia e os homens, duas. A quantidade vai depender da bebida escolhida: para cerveja, uma dose significa 330ml. No caso de vinho, uma taça de 100ml. Para destilados, são apenas 30ml.

É importante seguir à risca as limitações de bebida alcóolica, pois o organismo sofre quando essa quantidade é ultrapassada com regularidade. Entre os problemas causados pelo excesso, estão a obesidade, cirrose, pancreatite e até mesmo AVC e alguns tipos de câncer.

Além disso, há um risco muito pouco falado: a dependência. Hoje, no Brasil, 10% da população sofre com alcoolismo. Para conscientizar a população dos riscos que o abuso no consumo de bebidas alcoólicas traz, foi até criado o Dia nacional de combate ao alcoolismo, no dia 18 de fevereiro.

O alcoolismo se diferencia do abuso no consumo. Pessoas com a doença não conseguem controlar a vontade de beber, perdem o controle e têm crises de abstinência, com tremores, náuseas e irritação, se não ingerirem álcool. Como elas adquirem maior tolerância à substância, acabam progressivamente bebendo cada vez maiores quantidades.

Por estar ligado à cultura e à sociabilidade, muitas vezes o consumo exagerado de álcool passa despercebido e uma situação grave acaba negligenciada. Se você conhece alguém que precisa de ajuda, converse com ela e a ajude a reconhecer o vício.

Ao admitir o problema, o tratamento fica mais fácil, contando com a disposição do paciente em mudar a situação. A desintoxicação pode ser feita com o auxílio de profissionais capacitados e especializados, como psicólogos e psiquiatras, que fazem o acompanhamento durante a redução do consumo.

Familiares e amigos também desempenham um papel importante. O paciente necessita de apoio e compreensão, a fim de evitar estigmas e preconceitos que podem agravar a situação e isolar socialmente o dependente.

O programa Alcóolicos Anônimos, de ajuda mútua para dependentes, pode, aliado ao acompanhamento e tratamento médico, colaborar para que o paciente recobre a sobriedade. Acesse aa.org.br <https://www.aa.org.br/informacao-publica/o-grupo-de-a-a/localizacao-dos-grupos-e-escritorios-listagem-e-mapa>, busque o grupo de apoio mais próximo e dê o primeiro passo para vencer o vício.

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