A partir de pequenas gotas de sangue retiradas do calcanhar do bebê é possível identificar doenças graves, muitas delas congênitas e raras. Conhecido como Teste do pezinho, o exame, obrigatório em todo território nacional, ganhou ainda mais musculatura recentemente. O rol de doenças possíveis de serem identificadas foi ampliado na rede pública de saúde, saltando de seis para mais de 50.
Pesquisadores destacam, no entanto, que a cobertura da triagem neonatal convencional ainda não é satisfatória em nosso país. Dados do SUS apontam que apenas 40% dos bebês das regiões Norte, Sul e Nordeste participam do programa. Por isso, no Dia Nacional do Teste do Pezinho (6/06) é preciso reforçar a importância de um exame que pode ser vital para o recém-nascido.
E não é para menos: ele é fundamental para a saúde do bebê e permite que seja feito um diagnóstico precoce das condições genéticas, infecciosas e metabólicas do recém-nascido. Alguns municípios, inclusive, não permitem que a criança saia da maternidade sem que o procedimento seja realizado.
A ampliação do teste na rede pública foi aprovada em 2021 e será implementada de forma escalonada. O Ministério da Saúde definirá os prazos de cada fase. Até então, muitos destes exames estavam disponíveis apenas em hospitais e clínicas particulares.
Especialistas, no entanto, apontam algumas dificuldades logísticas para a implementação dessa nova regra. Eles destacam que os laboratórios municipais e estaduais precisam ser capacitados em termos de equipamentos e de treinamento de pessoal. São gargalos, afirmam, que necessitam ser superados com urgência.
O Teste do pezinho deve ocorrer, preferencialmente, entre as 48 horas e o quinto dia de vida do recém-nascido. Pelo SUS, cerca de 2,4 milhões de bebês fizeram o teste nos últimos três anos. O exame é realizado em quase 29 mil pontos no país, entre maternidades e postos de saúde. Durante as consultas de pré-natal e puerpério imediato, os profissionais de saúde devem informar à gestante e aos acompanhantes a importância do exame.
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