COMO LIDAR PARA QUE A RELAÇÃO DOS PEQUENOS COM OS ALIMENTOS SEJA SAUDÁVEL

“Meu filho não come nada”. Quantas vezes já escutamos pais e mães se queixarem da má alimentação dos pequenos? A preocupação é natural, pois um prato colorido, com diferentes nutrientes, é fundamental para a manutenção da saúde.

O que poucos pais sabem é que a insistência em fazer as crianças “rasparem o prato” pode trazer danos a longo prazo. Sim, estamos falando de transtornos alimentares que surgem na adolescência, e que podem ter, entre outros fatores, relação com a forma que os pequenos se relacionavam com a comida quando mais novos.

Por isso, é muito importante que as recusas alimentarem não sejam tratadas como um bicho de sete cabeças. Todo mundo gosta mais de determinados pratos e torce o nariz para outros – e com as crianças não é diferente. E, além disso, é natural que elas tenham uma perda de apetite entre os 2 e 5 anos.

Uma das estratégias que costumam dar certo quando as crianças são seletivas é envolvê-las na elaboração do cardápio. Se possível, tenha uma hortinha em casa e mostre de onde vêm os alimentos. Se não, uma ida à feira, com suas cores e texturas diferentes, pode ser uma boa ideia.

Lembre-se também que o exemplo sempre é importante. Não é possível exigir que uma criança coma frutas e verduras quando os pais têm no prato frituras e alimentos pouco saudáveis. Mudanças na rotina alimentar da família podem ser benéficas para todos.

Outra forma de lidar com a situação de crianças que comem pouco é ter em mente que o estômago infantil não é do mesmo tamanho do que o dos adultos. Ou seja, se as porções dos pais e dos filhos estiverem parecidas, é certo de que os pequenos vão deixar comida no prato.

Confiar na habilidade infantil de dizer o quanto quer comer pode evitar a situações estressantes. E, se você ainda usa táticas como distrações, como ligar a TV ou fazer “aviãozinho”, simplesmente pare. Forçar a barra pode levar a criança a desenvolver fobias e transtornos alimentares mais sérios.

Saiba que que menos de 20% das crianças que os pais consideram “difíceis para comer” realmente têm algum problema. Se você acredita que seu filho está passando por uma fase mais séria, não hesite em procurar ajuda de um especialista.

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