Mês de abril reacende a importância de conscientização sobre o transtorno que afeta cerca de 1% da população mundial
Abril é o mês do laço colorido. No dia 2 é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, data criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para levar informação à população e, consequentemente, mitigar o preconceito contra as pessoas que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O autismo é uma condição de saúde caracterizada por inúmeros desafios, principalmente aqueles ligados às habilidades sociais. Pessoas com TEA possuem aptidões e talentos específicos em determinadas áreas do conhecimento e podem, por exemplo, concentrar-se fortemente em apenas uma coisa, se destacando dos demais. Não é incomum pessoas autistas alcançarem grande êxito nas artes, no esporte e até mesmo em atividades médicas ou que exijam muitos cálculos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que existam 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, dois milhões delas no Brasil.
O laço colorido
Algumas placas de sinalização em locais públicos apresentam um laço colorido, com estampa de quebra-cabeças. O símbolo ainda é desconhecido por boa parte do público, mas significa que, naquele ambiente, a pessoa com Transtorno do Espectro Autista tem prioridade de atendimento. A fita colorida é um símbolo internacional e representa o mistério e a complexidade do autismo. A cor que acompanha a causa, no entanto, e que costuma iluminar monumentos ao redor do planeta, é o azul. Ela foi escolhida dada a prevalência de meninos com TEA em relação às meninas. A relação, segundo estudos, é de quatro para um.
Como tratar uma pessoa com TEA
Demonstre carinho – Autistas fazem contato sensorial diferente, por isso é preciso saber o nível de sensibilidade da criança para demonstrar amor. De qualquer forma, trate com sorrisos e palavras positivas.
Desenvolva atividades lúdicas – Uma pessoa com autismo precisa ter suas habilidades estimuladas por meio de brincadeiras, desde quebra-cabeças a jogos que treinem a coordenação motora. Vale até mesmo fazer cócegas.
Aceite as dificuldades de expressão – O autista tem dificuldade em aceitar mudanças impostas e a expressar seus sentimentos, podendo reagir com raiva ao ser contrariado ou sentir-se frustrado.
Fale de maneira direta e clara – Algumas crianças autistas podem ter dificuldades para lidar com piadas, por exemplo. Discursos longos também podem confundi-las. Seja literal, direto e evite frases longas.
Não existe cura para o autismo, mas um programa de tratamento precoce e apropriado melhora muito a qualidade de vida de quem tem o transtorno e de seus familiares. Procure um especialista e busque um cuidado personalizado, que pode incluir terapias, fisioterapia e o uso de medicamentos.