Como encarar aquele cafezinho depois que os adoçantes artificiais e sintéticos, vendidos comumente em supermercados e farmácias, foram condenados pela Organização Mundial da Saúde (OMS)?

A agência afirma que não há qualquer benefício a longo prazo na redução de gordura em adultos e crianças, muito pelo contrário: esses produtos podem causar diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares graves. E os adoçantes mencionados são bem conhecidos: aspartame, ciclamato, sacarina, sucralose e estévia. A recomendação se aplica a todas as pessoas, exceto indivíduos com diabetes pré-existente.

Estima-se que no Brasil, um em cada dez pessoas consomem adoçantes. Nos últimos anos, houve um aumento de 200% e 50% entre crianças e adultos, respectivamente. Ou seja, o uso continuado desses produtos no país está acontecendo de forma descontrolada. Como resultado, além dos danos causados a esses usuários, podemos ter, em breve, um impacto incalculável no sistema de saúde, tanto nas redes pública quanto na particular.

A OMS incluiu, nessa mesma recomendação, uma série de diretrizes que estabelecem hábitos alimentares saudáveis ao longo da vida, como forma de diminuir risco de doenças não transmissíveis em todo o mundo. O órgão aconselha o uso de açúcares naturais, como os contidos nas frutas, e a preferência por alimentos e bebidas sem açúcar.

No Brasil, parece haver a comunhão de dois hábitos extremamente perigosos: o uso abusivo de adoçantes sintéticos e o consumo excessivo de alimentos açucarados. Segundo dados da OMS, os brasileiros consomem 50% mais açúcar do que o recomendável. Isso ajuda a elevar a incidência de cárie dental, diabetes e obesidade, entre outras doenças.

O Ministério da Saúde elaborou o Guia Alimentar da População Brasileira. Um dos objetivos é reverter esse índice e fomentar hábitos saudáveis de alimentação já a partir das escolas. Um dos focos centrais do documento é o combate aos ultraprocessados, pois eles mascaram a ingestão exagerada de sal e açúcar.

Fique de olho e cuide da sua saúde!

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