Na correria do dia a dia, atarefadas com o trabalho, com a casa e, no caso das que são mães, com os filhos, muitas mulheres acabam não prestando atenção a si mesmas e deixam de lado cuidados essenciais, até mesmo os relacionados à saúde.
Por isso, em março, quando se comemora, no dia 8, o Dia Internacional da Mulher, que tal parar para refletir se você conhece alguma amiga, familiar, ou mesmo uma colega de trabalho, que esteja negligenciando exames ou adiando vacinas que podem protegê-la de uma doença grave?
Um dos exames que devem ficar no radar de todas as mulheres, a partir dos 40 anos, é a mamografia, a forma mais eficaz de rastreio do câncer de mama. A partir desta idade, a recomendação é que ela seja realizada todos os anos, mesmo por quem não apresenta nenhum sintoma da doença, como nódulos no seio, retração da pele ou saída de líquido do mamilo.
A mamografia é capaz de identificar lesões muito pequenas, impalpáveis, antes que elas evoluam. Embora muitas mulheres tenham medo de sentir dor durante o exame, ele causa apenas desconforto. E isso não é motivo para descartá-lo. Afinal, é sempre bom lembrar que quanto mais cedo for descoberto o câncer, maiores são as chances de cura. Este ano, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), deverá haver 73.610 novos diagnósticos de câncer de mama no Brasil.
Outra doença feminina, o câncer de colo de útero, que deverá atingir 17 mil mulheres em 2024, também requer atenção. Você sabia que uma simples vacina pode ajudar as mulheres a se protegerem do câncer de colo de útero? Estamos falando do imunizante contra o papilomavírus humano (HPV).
Desde o ano passado, já temos no Brasil o nonavalente, que atua contra nove subtipos do HPV. Esta vacina, disponível na rede privada, protege mais de 90% contra tumores relacionados ao vírus, como o de colo de útero, canal anal, orofaringe, vulva, pênis e vagina. Ela é indicada para meninos e meninas a partir dos 9 anos e adultos até os 45 anos.
Na rede pública, está disponível a vacina quadrivalente, que protege contra quatro subtipos de HPV. A recomendação do Ministério Público é que sejam ministradas duas doses, em meninos e meninas, entre os 9 e 14 anos. A vacina também é disponibilizada para homens e mulheres transplantados, pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia, pessoas vivendo com HIV/Aids e vítimas de violência sexual.
Pergunte a suas amigas, irmãs, colegas se elas estão com os exames e vacinas em dia. Não custa nada e pode ser um ato que irá ajudá-las muito.