Quando os olhos começam a coçar: pode ser conjuntivite. Higiene é fundamental para evitar surto da doença, comum nos meses mais frios

Com a chegada do outono e, consequentemente, de temperaturas mais amenas, surge uma preocupação, ao mesmo tempo em que começam a encher os consultórios oftalmológicos do país: o aumento nos casos de conjuntivite. Apesar de ser uma doença típica do inverno, nos últimos anos, contrariando a sazonalidade, foram registrados alguns surtos da enfermidade até mesmo nos meses mais quentes.

O que é a conjuntivite e os sintomas

A conjuntivite é uma inflamação ocular, e a conjuntiva é uma membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. As conjuntivites podem ser de causa alérgica, viral, bacteriana ou por irritação química. Somente as conjuntivites infecciosas (virais e bacterianas) são contagiosas. Como todas apresentam sintomas parecidos e a pessoa só descobre o tipo por meio de exames clínicos, é bom adotar cuidados especiais tão logo seus olhos comecem a coçar, arder, lacrimejar ou ficar vermelhos.

Os surtos de conjuntivite mais comuns são os virais que, em geral, acometem os dois olhos e podem durar de uma semana a quinze dias, e não costumam deixar sequelas. Por ser contagiosa, a transmissão ocorre por meio da secreção. O mau hábito de coçar os olhos com as mãos sujas é o maior facilitador deste surto. Por isso, tenha muito cuidado ao pegar em corrimãos ou em barras de ônibus, por exemplo. O uso do álcool em gel pode prevenir 99% dos casos.

Alguns cuidados básicos podem prevenir a transmissão do vírus:

  • Lavar sempre as mãos, usar álcool em gel e não coçar os olhos;
  • Não compartilhar toalhas de rosto, óculos escuros, colírios, maquiagem para olhos (como lápis, rímel, delineadores ou esponjas), além de evitar nadar em piscinas sem cloro ou em lagos;
  • Também não é aconselhável o uso prolongado de lentes de contato, sendo recomendado retirá-las todas as noites e colocá-las em solução apropriada para limpeza.

O maior risco de passar para outras pessoas está na fase aguda, que dura de sete a dez dias. É o tempo estimado para que os sintomas melhorem sem que seja necessário qualquer tratamento específico, além de compressas de água filtrada gelada várias vezes ao dia.

Ao surgirem os sintomas, procure um oftalmologista imediatamente para que ele identifique o tipo de conjuntivite e o tratamento adequado. Não se automedique, nem use colírios sem prescrição médica.

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