Se você puder proteger seu filho de um vírus que provoca câncer, não irá pensar duas vezes, certo? Mas nem sempre é o que acontece quando se trata do Papilomavírus Humano (o HPV).
Como o vírus é transmitido por via sexual, muita gente pensa que só é preciso imunizar quem já tem relacionamentos íntimos. E, por isso, acaba não levando as crianças ao posto de vacinação. Mas esta ideia é completamente errada. É justamente antes do começo da vida sexual que é preciso agir!
A idade correta para vacinar contra o HPV irá depender do gênero dos pequenos: no caso das meninas, é 9 anos. Já os meninos devem tomar a primeira dose aos 11 anos. Vacinar precocemente é muito importante porque garante uma proteção maior.
Por conta da desinformação e do preconceito, o Brasil ainda não atingiu os índices ideais de cobertura vacinal. Dados da Sociedade Brasileira de Imunização mostram que, de 2013 a 2020, o patamar mínimo de 80% foi atingido apenas pela primeira dose para meninas de 9 a 14 anos. A segunda dose para meninas chegou a 55,6%, mas entre meninos de 11 a 14 anos os índices foram de 57,9% para a primeira dose e de 36,4% para a segunda.
A importância da vacina contra o HPV é grande, já que o vírus é o responsável por grande parte dos casos de câncer de colo de útero. A doença deve atingir quase 17 mil mulheres este ano no Brasil, provocando 6.596 mortes, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Se contaminados, os homens podem desenvolver outros tipos de câncer, como o de pênis e retal. E ambos os sexos correm o risco de apresentar a doença na região de cabeça e pescoço.
Para se prevenir, além da vacinação, outro cuidado é fundamental, no caso daqueles que já têm vida sexual ativa. O uso de preservativos, tanto masculinos quanto femininos, se mostra eficaz para diminuir a transmissão do vírus. Portanto, use sempre camisinha!