A maioria dos pais evitam a presença das crianças na cozinha, já que este pode ser um espaço potencialmente perigoso. No entanto, compartilhar o ambiente com a garotada pode trazer grandes benefícios para o desenvolvimento delas, desde que todos os cuidados e acompanhamentos estejam presentes.

Envolver as crianças nas tarefas culinárias, desde a compra dos alimentos, passando pela organização do cômodo e o preparo de receitas, é um fator determinante para cultivar bons hábitos alimentares ainda na infância – práticas que serão reproduzidas na vida adulta. Quando a criança conhece a procedência dos alimentos, ela passa a ser menos dependente de comidas processadas, o que beneficia a alimentação.

Além disso, é possível desenvolver outras habilidades além da alimentação, como aprimorar os conhecimentos obtidos na escola: durante o preparo de refeições, as crianças aprendem sobre medidas, como peso e volume, estados físicos da matéria (sólido, líquido e gasoso), temperatura, matemática e a leitura e compreensão de textos (ao ler as receitas).

Vale destacar também o fortalecimento dos vínculos afetivos com os pais e responsáveis, já que passar este momento com os filhos cria memórias afetivas significativas. O processo de cozinhar também trabalha características na personalidade das crianças, como atenção, organização, coordenação motora e paciência.

Não existe uma idade mínima para integrar os pequenos à cozinha, mas é importante manter algumas dicas de segurança em mente, como evitar pratos que necessitem de líquidos ferventes, como óleo; deixar os objetos cortantes longe do alcance das crianças; escolher a boca de trás do fogão e cozinhar com o cabo para dentro do eletrodoméstico.

O ato de cozinhar é uma forma de linguagem, que expressa a história de uma família. Por isso, compartilhar a cozinha com os filhos ajuda a reforçar o sentimento de pertencimento deles na sociedade e permite criar grandes histórias de amor e afeto.

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