É difícil encontrar quem não goste de provar um bom queijo, beber um chocolate quente nos dias mais frios ou se refrescar com um iogurte geladinho durante o verão. Mas, para algumas pessoas, a “conta” chega pouco tempo depois.

Quem sofre de intolerância à lactose, costuma apresentar, logo após o consumo de leite ou produtos derivados, cólicas e distensão abdominal. Em alguns casos, surge até um sintoma bem desagradável, a diarreia.

O problema é causado pela intolerância à lactose, provocada pela deficiência de uma enzima do organismo chamada lactase. É essa substância a responsável por quebrar a lactose, o açúcar dos produtos lácteos. Quando ela está ausente, o açúcar se acumula no intestino e acaba sendo fermentado pelas bactérias que vivem ali. Neste processo, aparecem as dores e mal-estar.

Muita gente pensa que todo mundo que tem azia, diarreia e má digestão após consumir leite é intolerante à lactose. Mas não é bem assim. Outras condições, como síndrome do intestino irritável, doença celíaca e doença de Crohn, têm sintomas parecidos. Para “bater o martelo” sobre uma possível intolerância, é preciso consultar um especialista.

Para tirar a dúvida, o médico, em geral, recomenda retirar os alimentos lácteos da dieta por duas semanas. Após esse período, eles são reintroduzidos aos poucos. Se, durante a restrição, os sintomas somem, é um forte sinal de que a lactose pode ser, sim, a origem dos problemas.

Além deste teste alimentar, é possível ainda chegar ao diagnóstico com um exame de sangue ou ainda com um aparelho que, através do sopro do paciente, detecta a presença de gases da fermentação da lactose no intestino.

Constatada a intolerância, a pessoa nunca mais pode se aproximar de um queijo ou copo de leite, certo? Este temor é completamente infundado. O médico vai prescrever a quantidade permitida de produtos lácteos, já que cada caso é diferente do outro. É muito raro que o leite e seus derivados sejam completamente abolidos do cardápio.

Para facilitar a digestão, os especialistas recomendam, é claro, reduzir a ingestão do que faz mal, mas dão também algumas dicas. Uma delas é nunca beber leite em jejum. Outra estratégia é sempre ingerir lácteos com outros alimentos, de forma que a digestão seja mais lenta. Desta forma, a lactose chega aos poucos no intestino, facilitando o trabalho das poucas moléculas de lactase que estão por lá.

Outra solução, sempre a critério médico, é a ingestão de cápsulas com lactase antes do café da manhã, almoço ou jantar. Com tantas alternativas e um pouco de cuidado e planejamento, é possível fazer as refeições de forma prazerosa, sem que a intolerância à lactose se torne um fardo. Bastam pequenas adaptações para que tudo dê certo

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